Moradores de Penha recusam a presença dos agentes da dengue no quintal

Moradores têm impedido que os agentes façam a varredura no terreno em busca de focos positivos do Aedes Aegypti

Os agentes endêmicos que atuam no Programa de Combate à Dengue de Penha têm relatado dificuldades em realizar as visitas domiciliares de fiscalização na tentativa de conter o avanço do mosquito Aedes Aegypti – transmissor da Dengue, Febre Chikungunya e Vírus Zika. Segundo o coordenador do trabalho, muitos moradores não têm autorizado o acesso ao pátio da residência para o monitoramento mais minucioso.

“Talvez por receio algum receio, não sabemos. Por isso, vamos ampliar a publicidade sobre a equipe de endemias”

Alexandre Deolindo, coordenador do Programa, o fiscal da Vigilância Sanitária

“Talvez por receio algum receio, não sabemos. Por isso, vamos ampliar a publicidade sobre a equipe de endemias, buscando a confiança da população para que possamos realizar um trabalho ainda mais estratégico no controle ao Aedes”, explica o coordenador do Programa, o fiscal da Vigilância Sanitária, Alexandre Deolindo. Até o momento, são 1.165 focos larvários positivos, com 136 casos positivos da doença (121 autóctones e 15 importados).

Os agentes estão identificados por coletes na cor verde, camisetas verdes e azuis e crachás do Governo Municipal. No site da Prefeitura (www.penha.atende.net), está o organograma dos agentes que atuam no Programa.

O estratégico trabalho de fiscalização de residências – com locais de potencialidade para proliferarem o mosquito – consta no Plano de Contingência para Enfrentamento da Dengue, Febre Chikungunya e Vírus Zika, lançado pela Secretaria de Saúde em junho.

“Este plano apresenta também as ações corretivas e de contingenciais que devem ser realizadas em situações epidêmicas em razão da ausência de implantação ou interrupção das ações preventivas”, detalha o secretário de Saúde, Rodrigo Medeiros.

Outra ação já desenvolvida pelo Programa foi a aplicação de inseticida nos bairros mais infestados: Gravatá, Armação, Santa Lídia, Centro e Nossa Senhora de Fátima. “É necessário que a população continue auxiliando em outras atividades como as visitas domiciliares e fazendo a sua parte na eliminação de depósitos”, pede o secretário de Saúde.

Medidas contra o mosquito 

– Não deixar água acumulada
– Destinar de maneira correta o lixo e outros resíduos
– Cobrir caixas d’água
– Utilizar areia nos vasos de plantas
– Deixar garrafas e outros recipientes de cabeça para baixo
– Retirar a água dos pneus e reservá-los em ambientes protegidos