Mãe acusa professor trans de usar “trajes inadequados” durante as aulas de educação física; diretora da escola repudiou o que chamou de “transfobia”
A mãe de um aluno da Escola João Batista Paiva, no Bairro de Armação, em Penha, procurou um portal da cidade para denunciar o que ela “classificou” como modo inadequado como o professor de educação física estava vestido durante uma das aulas.
“Meu filho veio hoje indignado por causa da roupa que o professor de educação física foi dar aula. Muito triste isso, total falta de respeito com as crianças e os adolescentes que ali estudam. Não sou preconceituosa, trabalho com pessoas homossexuais, me dou super bem, é questão de respeito e exemplo. Como fica a cabeça das crianças vendo um professor que era pra ser ‘admirado’ se vestindo dessa forma? Fico pensando onde vamos parar”, disse ela ao portal.
A diretora da escola foi ouvida pelo portal e repudiou o que afirmou ser transfobia. “Sobre a roupa, a norma da escola é três dedos acima do joelho. O short não tem nada de errado. Mas antes de me posicionar quanto à situação, trago o artigo 5º da constituição federal de 1988. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade…”
Ao final, a professora convidou a mãe, para que a procure para um diálogo. “Para superarmos as diversas formas de preconceito ainda presentes em nossa sociedade, é fundamental que exista o diálogo e a troca de conhecimentos. Neste sentido convido esta mãe para que possamos sentar e conversar, pois acredito que a educação escolar deva extrapolar as salas de aula e alcançar as famílias”, encerrou.
Os casos de ataque comprovado de racismo e homotransfobia prevêm contra o autor pena de 2 a 5 anos de reclusão. (Com informações Penha Online)
