Pelo projeto, segundo o artigo 1º, os repasses ocorrerão no montante de R$ 20 mil ao mês, totalizando os R$ 240 mil
A Câmara Municipal autorizou a Prefeitura de Penha a celebrar termo de colaboração com a Associação de Pais e Amigos do Autista de Penha (AmaPenha). A permissão veio diante da aprovação do projeto de lei ordinária (22/2022) enviado pelo prefeito, Aquiles da Costa, em que estabelece de R$ 240 mil ao longo do ano de 2023.
“O repasse servirá para a manutenção de suas atividades, como contratação de equipe multidisciplinar com psicóloga, psicopedagoga, fonoaudióloga, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, secretária, locação de espaço para a sede, aquisição de materiais e produtos para utilização dos usuários” detalha o prefeito.
Pelo projeto, segundo o artigo 1º, os repasses ocorrerão no montante de R$ 20 mil ao mês, totalizando os R$ 240 mil. A AmaPenha terá 30 dias para prestar contas da utilização dos valores.
“Associação que atua de forma intensa com pessoas, especialmente crianças, com transtorno do espectro autista (TEA) e necessitam de um acompanhamento estratégico”
Aquiles da Costa, prefeito de Penha
“Uma Associação que atua de forma intensa com pessoas, especialmente crianças, com transtorno do espectro autista (TEA) e necessitam de um acompanhamento estratégico para o desenvolvimento individual mais intenso”, reforça o prefeito.
Utilidade Pública
A AmaPenha foi declarada de utilidade pública em 2022 por meio da Lei nº 3.306/2022, de autoria do vereador Júnior Leite, o Juninho (Cidadania).
“Ajudar as entidades tem sido uma das minhas lutas constantes no mandato. Hoje, a Ama conseguiu ter acesso a subvenção com a prefeitura”
“Ajudar as entidades tem sido uma das minhas lutas constantes no mandato. Hoje, a Ama conseguiu ter acesso a subvenção com a prefeitura. Logo, nós vereadores estaremos trazendo recurso para a entidade. Agradeço muito ao prefeito Aquiles pela boa vontade de ajudar associações”, destacou Juninho.
O início da caminhada
Fundadora e atual presidente da AmaPenha, Ivana da Costa, deu início às atividades da entidade em 2018 com reuniões realizadas dentro da sua residência.
A partir desse período, o grupo de mães ganhou visibilidade participando de um desfile no aniversário da cidade, levando mensagens contra o preconceito e chamando a atenção das autoridades para o portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
“A primeira diretoria eleita conseguiu espaço na Colônia de Pescadores para fazer reuniões e cadastrar as mães. Organizamos palestras, com profissionais renomados, mas logo tivemos que parar as atividades devido a pandemia. Hoje, temos uma psicóloga voluntária para atender às famílias”, afirma Ivana.
Atualmente, a associação conta com 160 autistas cadastrados. Desde 2017, a diretoria da entidade composta por 12 integrantes busca junto ao Poder Legislativo aprovar leis que favoreçam os autistas.
“Essa subvenção será verdadeiramente um divisor de aguas. Em breve, teremos condições de iniciar atendimento clínico. Vamos ganhar mais visibilidade na sociedade enquanto serviço social. Esperamos que apareçam novos parceiros e amigos que possam abraçar essa causa tão importante e necessária para os autistas e seus familiares”, comenta Ivana.
O Transtorno
O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.
Sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. A prevalência é maior no sexo masculino.
A identificação de atrasos no desenvolvimento, o diagnóstico oportuno de TEA e encaminhamento para intervenções comportamentais e apoio educacional na idade mais precoce possível, pode levar a melhores resultados a longo prazo, considerando a neuroplasticidade cerebral.