Vereador da base do governo aponta falta de critério nas obras feitas com dinheiro do Finisa

Em nota da assessoria de imprensa, Aquiles não esclareceu porque as ruas perto do prédio da construtora Rôgga estão recebendo melhorias enquanto outras aguardam a pavimentação

O vereador de Penha, João Antônio Costa (Cidadania), o Barriga, usou a tribuna livre na reunião ordinária desta segunda-feira (20), para questionar a abertura de ruas já pavimentadas no entorno da construção de um prédio da Rôgga Empreendimentos Ltda, na Rua Nereu de Assis, no Bairro de Armação.

Barriga disse que a rua foi aberta durante o feriado para realizar a troca da tubulação. “Esse trabalho tinha licença ou projeto? Agora vão asfaltar três ruas que não tiveram nenhum voto na lista de consulta feita à comunidade. Cadê o cronograma das obras”, questionou Barriga, se referindo às ruas a serem pavimentadas com o recurso de R$ 50 milhões do Finisa.

As ruas questionadas pelo vereador já são calçadas e nunca tiveram registro de alagamento, segundo Barriga. “Nosso município tem cerca de 230 ruas de barro. A culpa não é da empresa, quem tem que tomar frente e dizer onde deve ser feita a pavimentação é o Aquiles”, alfinetou Barriga.

O OUTRO LADO

Procurado pela reportagem do Portal Oisc, o prefeito Aquiles da Costa se manifestou em nota encaminhada pela assessoria de imprensa, citando as ruas que já foram pavimentadas com o recurso de R$ 50 milhões.

“O governo municipal reforça que está seguindo a ordem definida pelo Programa Participa Penha para execução do pacote de obras subsidiadas pelo Finisa – que para avançar, respeita critérios técnicos. Projeto e sistema de drenagem pluvial são alguns destes critérios. Algumas das vias listadas ainda não possuíam essas questões, que agora estão sendo desenvolvidas antes de serem pavimentadas”.

A assessoria informou ainda que o Programa Acelera Penha, que tem o aporte do financiamento de R$ 50 milhões via Finisa, está avançando nesse sentido. “Toda rua precisa ter seu projeto aprovado, a tubulação pluvial implantada, para depois ser pavimentada. Por isso, o cronograma de pavimentação chegou a algumas vias primeiro, por já possuírem essas situações superadas”.

Quanto a atrasos, a nota do governo municipal pontua que Penha e região enfrentaram, no mínimo, três semanas de instabilidade climática e chuvas intensas. Por diversas razões não foi possível dar continuidade aos trabalhos durante os períodos de chuva.

A assessoria de imprensa não esclareceu porque as ruas perto do prédio da construtora estão recebendo as melhorias.