TJ adia decisão e prefeito de Barra Velha Douglas e mais sete continuam presos

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Julgamento da denúncia foi adiado para 2 de maio, em Florianópolis

Em função do pedido de vistas de Maurício Cavalazzi Póvoas, um dos desembargadores que analisa o processo, o julgamento da denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) contra o prefeito afastado de Barra Velha, Douglas Elias da Costa (PL), e outros sete presos na operação Travessia, foi adiado para o próximo dia 2 de maio, em Florianópolis.

A 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) se reuniu nesta tarde de quinta-feira, dia 25, para avaliar a denúncia – que caso aceita, fará com que os envolvidos se tornem réus no processo que corre desde 7 de fevereiro. Houve a sustentação oral dos advogados de defesa do grupo denunciado e preso na operação.

Por hora, Douglas segue preso e afastado da Prefeitura por decisão do desembargador José Everaldo da Silva, relator da ação penal ajuizada pelo Ministério Público, e além dele, respondem ainda o ex-secretário de Administração Mauro da Silva, o ex-secretário de Planejamento Elvis Füchter, o engenheiro Osni Paulo Testoni, o ex-diretor de Patrimônio, Osmar Firmo.

Este grupo está no presídio do bairro Canhanduba, em Itajaí, enquanto os empresários também citados na denúncia, Karlos Gabriel Lemos, Celso Moreira Sobrinho e Adevanete Pereira dos Santos, estão presos em Joinville. Eles são responsáveis pelas duas empresas que atuaram na obra da ponte sobre o Rio Itajuba – a qual desencadeou toda a investigação do Grupo Especial de Ação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em conjunto com o MP-SC.

O Ministério Público acusa os denunciados de formação de organização criminosa, incluindo 17 casos de fraude à licitação, 11 crimes de responsabilidade, 27 operações de lavagem de dinheiro, e nessa vertente dos crimes de responsabilidade, Douglas foi denunciado por uso de maquinário e serviços públicos na obra da ponte, e 10 vezes por peculato e desvios.

O desembargador determinou o afastamento de Douglas até dia 26 de julho, decisão que culminou na desistência de Eduardo Peres, o Tainha (Republicanos) de assumir o cargo interinamente, e resultou na posse do então presidente da Câmara, Daniel Pontes da Cunha, que comanda o Poder Executivo desde 26 de janeiro.

“A denúncia será reapresentada para votação na próxima sessão, dia 2 de maio, em função deste pedido de vistas, informou a advogada Samanta de Andrade, de Balneário Piçarras, que representa o engenheiro Osni Paulo Testoni na ação. O grupo alega inocência e reforça que irá provar, na Justiça, que incorreu nas acusações apontadas pelo MP-SC. (Com informações Mzl10)