ELEFANTE BRANCO Obra do Complexo de Apoio ao Pescador de Piçarras está parada

Divulgação

Pescadores artesanais reclamam da falta de estrutura (carrera) para puxar e fazer a manutenção das embarcações, principalmete, no período de defeso que começou neste domingo (28) e vai até abril

Profissionais da pesca artesanal da Colônia Z-26 de Balneário Piçarras reclamam do abandono da obra de R$ 1,5 milhão do Complexo de Apoio ao Pescador.

A vereadora e pescadora artesanal, Adriana Linhares, usou a tribuna da Câmara Municipal para denunciar a situação de descaso mostrando fotos e vídeos da obra parada e a única carrera para puxar os barcos está em situação deplorável.

O principal problema, segundo ela, é a falta de estrutura para os pescadores fazerem o arrasto e a manutenção das embarcações, principalmente, no período de defeso da pesca do camarão, que começou neste domingo (28) e vai até 30 de abril.

“Sentei várias vezes com o secretário de Obras (Orli Ferreira) para falar sobre o assunto, mas ele não dá atenção ao que falamos, porque ele sabe mais. A estrutura do galpão, por exemplo, é extremamente alta e nos dias de chuva e vento molha tudo, como se não houvesse cobertura”, apontou Adriana.

“Sentei várias vezes com o secretário de Obras (Orli Ferreira) para falar sobre o assunto, mas ele não dá atenção ao que falamos, porque ele sabe mais. A estrutura do galpão, por exemplo, é extremamente alta e nos dias de chuva e vento molha tudo, como se não houvesse cobertura”, apontou Adriana.

Desde o anúncio da execução do projeto, em 2022, a concretagem dos pisos do galpão e a cobertura metálica foram as únicas etapas concluídas.

“Cinco empresas já desistiram de tocar a obra e falta o principal que é a carreira em funcionamento, ou seja, o que realmente os pescadores precisam, sem contar nas instalações elétricas e sanitárias e os revestimentos e acabamentos em geral”, observa a vereadora.

O outro lado

Em nota, a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Balneário Piçarras informou que em novembro do ano passado a região registrou apenas 48 dias sem chuva. Frente a essas dificuldades foi priorizado a execução da cobertura com a possibilidade de fazer os acabamentos em concreto mesmo em tempo ruim.

Sobre a altura da edificação, a prefeitura explica que o projeto foi definido a partir dos potenciais de uso e das necessidades, considerando tamanho das embarcações dos pescadores e tamanho máximo do trangone/mastro das embarcações, algo em torno de 6 metros. Por este padrão o tipo de edificação é classificado como Galpão.

A abertura das laterais, segundo a prefeitura, leva em consideração os parâmetros de ventilação e de temperatura do ambiente.