Área localizada na Rua Ludgero Caetano Vieira, em Balneário Piçarras, virou depósito de lama e restos de concreto
Marcos de Oliveira
Da redação
Um post feito pelo comerciante Luiz Felipe Nascimento viralizou nas redes sociais. O assunto foi o bloqueio de uma servidão que dá acesso a Rua Ludgero Caetano Vieira. O terreno pertence ao município e vem sendo usado pela Secretaria de Obras de Balneário Piçarras para depositar barro e restos de lajota.
A carga que chega com os caminhões vem do Bairro Itacolomi, segundo informou um motorista que trabalha fazendo o transporte do material e prefere não ser identificado. “A lama sujou toda a rua e o vai e vem dos caminhões transformou o asfalto em um queijo suíço de tanto buraco. A prefeitura devia ajudar a cuidar do patrimônio. É dinheiro público”, alfinetou Luiz Felipe, proprietário da Don Luiz Barbearia.
“A lama sujou toda a rua e o vai e vem dos caminhões transformou o asfalto em um queijo suíço de tanto buraco”
O terreno, que antes era plano e limpo, deu lugar a um depósito de barro, com pedaços de parede, lajotas e outros tipos de concreto. Como se trata de local aberto e de fácil acesso, outros veículos com restos de construção civil já foram flagrados por ali despejando rejeitos.
O post de Luiz Fernando cita ainda outros comércios como a Loja Centro Cell, Padaria Dori, restaurantes e pizzarias que acabam sendo afetados pela má utilização da área. “Minha sugestão é a colocação de tapumes para evitar mais sujeira com o avanço da lama e, no mínimo, o conserto do asfalto que tá sem condições de andar. A gente paga imposto caro para quê?”, questionou.
O outro lado
Em nota enviada por email ao Oiscnotícias na tarde desta terça-feira (18), a prefeitura informou que o terreno está em processo de aterro e não serve como “depósito de entulho.”
Toda as construtoras com obras no município estão encaminhando material de obra para o terreno, em uma parceria com a administração pública
Prefeitura de Balneário Piçarras
Sobre a via bloqueada, a administração municipal explica que a medida foi tomada por questão de segurança do trecho onde existe tráfego intenso de caminhões.
“No terreno havia 32 lotes do município. A prefeitura, na gestão de Tiago Baltt (MDB), comprou mais 16 lotes. No local, a proposta é construir um complexo educacional, com escolas e creches. Além disso, toda as construtoras com obras no município estão encaminhando material de obra para o terreno, em uma parceria com a administração pública. Esse material está sendo usado no aterramento do terreno, gerando economia de gastos públicos.”
