Servidora suspeita em esquema de licitação direcionada é nomeada pelo prefeito de Penha, Luizinho Américo

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Nomeada no dia 8 de janeiro, servidora da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos de Penha teve o nome envolvido em investigação de fraude de licitações na prefeitura de Luiz Alves

Da redação

O prefeito de Penha, Luizinho Américo (PL), vem escolhendo a ‘dedo’ sua nova equipe de trabalho, mas esta semana uma informação voltou a colocar os critérios de nomeação sob suspeita, após a descoberta que a secretária adjunta de Obras estaria envolvida em uma investigação do DECOR (Delegacia de Polícia Especializada no Combate à Corrupção).

A investigação deflagrada em 2023 apura a suposta prática dos crimes de frustração o caráter competitivo de licitação, fraude contratual e associação criminosa, praticados, em tese, por agentes políticos, servidores públicos e particulares vinculados a pessoas jurídicas, em detrimento do patrimônio do município de Luiz Alves.

O prejuízo aos cofres públicos seria próximo aos R$ 3 milhões.

Entre os investigados na operação, figuram ex-secretário municipal de Luiz Alves, bem como uma servidora pública, responsável pela fiscalização dos contratos e hoje secretária adjunta de Penha, Fernanda Luciani. Ela foi nomeada no dia 8 de janeiro, conforme portaria assinada pelo prefeito Luizinho Américo.

O outro lado 

Em resposta ao questionamento da reportagem do Oiscnotícias, o secretário de Governo da prefeitura de Penha, Felipe Bieging, disse que o nome dela teria sido arquivado na investigação de suspeitas de fraude em licitação, conforme informação prestada pela gestão de Luiz Alves.

Investigação em sigilo

A investigação da Polícia Civil segue em sigilo. Os supostos teriam fraudado sucessivas licitações destinadas à aquisição de macadame, material utilizado para a pavimentação de ruas e estradas e na construção civil, direcionando para uma única empresa cujo nome não foi revelado pela polícia.

Além das licitações, os investigados teriam fraudando a execução contratual, extraindo, ilegalmente, o material objeto do contrato em local que já seria de titularidade da municipalidade, onerando ainda mais os cofres da prefeitura.