Servidora de Navegantes consegue medida protetiva contra vereador

Divulgação

Justiça determinou que vereador mantenha distância da mulher que foi vítima de insultos e ameaças do parlamentar

Uma servidora da Câmara de Vereadores de Navegantes garantiu na Justiça medida protetiva para que um dos vereadores da extrema-direita na cidade mantenha distância dela, após receber supostos insultos e ameaças do parlamentar.

A medida foi concedida pela Comarca de Navegantes, na última sexta feira, dia 22 de março, e veio à tona através de reportagem do Jornal nos Bairros, do mesmo Município.

Uma servidora da Câmara de Vereadores de Navegantes garantiu na Justiça medida protetiva para que um dos vereadores da extrema-direita na cidade mantenha distância dela, após receber supostos insultos e ameaças do parlamentar.

A medida foi concedida pela Comarca de Navegantes, na última sexta feira, dia 22 de março, e veio à tona através de reportagem do Jornal nos Bairros, do mesmo Município.

De acordo com a reportagem, a assessora, diante de testemunhas, no último dia 19 de março, terça-feira, teria sido humilhada pelo parlamentar, o qual teria se exaltado e proferido palavras contra K., reclamando que não tinha em mãos a pauta da reunião legislativa.

K. respondeu que a pauta havia sido enviada por WhatsApp; o vereador se valeu de palavras hostis contra ela, configurando a humilhação. Pessoas presentes na sede da Casa de Leis relataram que se assustaram com o tom do vereador durante a reunião.

De acordo com a delegada Patrícia Burin, no mesmo jornal, as medidas protetivas foram deferidas para que K. seja intimada a dizer se quer representar o vereador criminalmente, dando início à investigação do caso. Extraoficialmente, ele está sendo acusado de ameaça, assédio moral e injúria, pois teria ameaçado exonerar a servidora, chamando-a de “incompetente” e que seu cargo seria “do Patriota”. O pano de fundo seria uma briga de vereadores por cargos – e não seria a primeira servidora assediada por Uller.

A assessora protocolou queixa junto à Procuradoria da Mulher da Câmara de Vereadores de Navegantes, que acolheu a denúncia. Segundo a vereadora Sol Dapper (PSD), atual procuradora da Mulher, essa situação deverá ser julgada pela Comissão de Ética, composta pelos vereadores Lu Bittencourt (PL), Paulo Melzi (MDB), e pelo próprio Toninho Uhler, que nesse ano deverá ser substituído pelo vereador Andreu Laurentino (PSD).

A assessoria do vereador Uller, para averiguar as alegações, mas não houve resposta. “Como procuradora da mulher na Câmara Municipal, recebi a denúncia feita pela servidora contra um vereador da Casa e agora, minha função, é dar prosseguimento como determina a legislação e o nosso regimento interno”, reforçou Sol Dapper.

Sol, entretanto, detalhou que a Procuradoria não é responsável pela investigação e apuração dos fatos. “Assim que recebida a denúncia, nossa obrigação é encaminhar para a presidência da Casa e também para a Comissão de Ética. Estes serão os responsáveis pelos devidos encaminhamentos”, finalizou, assegurando que acompanhará o caso “sem corporativismo, com imparcialidade e zelando pela verdade”.

Fontes em Navegantes informaram à imprensa que as câmeras de monitoramento do Legislativo estavam desligadas no dia da suposta agressão – K. entretanto, teria quatro testemunhas. (Com informações Mzl10)