Homem que matou a mulher sufocada é condenado a 14 anos de prisão em Barra Velha

Arquivo pessoal/Reprodução Diarinho

Adriana era baiana, morava há três anos em SC e mantinha o relacionamento de apenas oito meses com seu futuro assassino, que a asfixiou até a morte

Marcelo Marlio Schneider, de 42 anos, foi condenado a 14 anos de prisão – oito deles em regime fechado e sem direito a recurso – pelo feminicídio de Adriana Bahia Barco, 47 anos, em 16 de abril de 2022, no bairro Quinta dos Açorianos, em Barra Velha.

Adriana era baiana, morava há três anos em Santa Catarina e mantinha o relacionamento de apenas oito meses com seu futuro assassino, que a asfixiou até a morte.

A decisão do tribunal do júri, de certa forma, pôs fim à expectativa de justiça por parte da família, explica  Alessandra Barco de Santana, irmã de Andréia e que novamente percorreu 2,4 mil quilômetros, de Salvador, na Bahia, até Barra Velha, para acompanhar a sessão do júri, que durou praticamente todo o dia, encerrando por volta das 21h de ontem.

Exausta física e emocionalmente, Alessandra buscou ser reservada, mas falou com a reportagem do DIARINHO logo após a leitura da sentença. Ela já havia comunicado à família sobre o resultado, mas seu pai, o senhor José Souza Branco, morador de Salvador, não conseguiu voltar  a Barra Velha pra ver a sentença que vai levar o assassino da filha à cadeia.

Se automutilou

A sentença, proferida pelo juiz Guy Estêvão Berckenbrock, estendeu a pena base, mas levou em conta um atenuante – o da confissão. O magistrado também estabeleceu multa de R$ 50 mil a ser paga aos herdeiros da vítima, e confirmou o relato da morte por asfixia em contexto de violência doméstica.

“O réu criou e encenou um complexo engodo para tentar se livrar das acusações, chegando ao ponto de se automutilar, nos dois braços, para forjar suposto latrocínio em sua residência, o que posteriormente admitiu ser mentira”, apontou o magistrado, na sentença.

Não fosse só isso, após matar a vítima, Marcelo utilizou seu telefone celular para acessar um site pornô, “a demonstrar pouco caso com o ato que tinha acabado de praticar, o que agrava ainda mais sua culpabilidade”.

O criminoso permaneceu preso na unidade prisional da Vila Nova, em Barra Velha, desde o crime. Na ocasião, ele alegou que o casal teria sofrido uma suposta “invasão” por parte de “um homem negro e alto”.  Não demorou muito para confessar o crime.

O DIARINHO apurou que a ficha do condenado já era extensa antes do feminicídio: pelo menos 13 processos judiciais e também um mandado de prisão em aberto. Estelionato e prisão por não pagamento de pensão alimentícia constam também no histórico do criminoso. (Com informações Diarinho)